Astrologia e leitura de mãos na visão judaica

Astrologia e leitura de mãos

 

A Guemará nos conta que quando nasceu o grande Sábio de Israel, Rabi Na’hman bar Itzhak, os astrólogos disseram para sua mãe:- seu filho vai ser um ladrão!

 

Ela nunca o deixou andar com a cabeça descoberta, e dizia sempre para ele:- Cubra a sua cabeça para que você tenha “Irat Shamaim” (temor à D’us), e peça sempre à D’us para o seu “yetzer hará” (má inclinação) não te dominar

 

Ele não sabia por que ela insistia tanto nisso.

 

Um dia ele estava sentado embaixo de uma tamareira (que não era dele) e a “glimá” (a kipá da época) que cobria a cabeça dele caiu

 

O “yetzer hará” despertou nele, ele escalou aquela tamareira que não era dele e arrancou dela um cacho de tâmaras com os próprios dentes, prova de que os astrólogos estavam certos!

 

Claro que depois disso ele colocou a Kipá de volta e foi devolver o cacho de tâmaras para o seu dono, mas vemos dessa “recaída” que os astrólogos estavam certos em relação à ele

 

Afinal das contas ele continuou seguindo os conselhos de sua mãe e se tornou um dos maiores Tzadikim da Guemará e Rosh Yeshivá de Pumbedita (em aramaico Boca do Rio) que era uma cidade importante da Babilônia antiga

 

Surge a pergunta: Se é proibido consultar os astrólogos, porque a mãe de Rabi Na’hman bar Itzhak levou em conta o que eles disseram e fez com que ele se esforçasse tanto para que a previsão deles não acontecesse?

 

O próprio Shul’han Aru’h na continuação nos conta que quando acontece de já sabermos que o “Mazal” não é bom em uma certa coisa (como na história de Rabi Na’hman bar Itzhak) temos que levar isso em conta e nos proteger, e não confiar em um milagre.

 

Mas o que é proibido fazer é o ato de nós próprios verificarmos.

 

Ou seja, se os astrólogos da Babilônia verificaram isso para ela sem que ela tivesse pedido, mesmo que ela, por motivos religiosos judaicos não pediu para eles verificarem, quando a coisa já está verificada temos que fazer o que precisamos para nos proteger e não esperar por um milagre

 

Conclusão: não tenha vergonha de andar na rua com a kipá. Pode ser um boné também sendo que nossos Sábios pediram para cobrirmos a cabeça, e para isso qualquer coisa serve!

Leitura de mãos de acordo com a Torá

 

Os livros de Kabalá trazem assuntos como leitura de mãos. Aparentemente o fato de esse assunto estar escrito nos livros de Kabalá mostra que isso não entra nessa proibição

 

Mas o Rebe de Lubavitch nos ensinou que isso é permitido somente quando alguém tem esse recebimento de Kabalá prática de mestre para aluno desde a época da escrita daqueles primeiros livros de Kabala, e hoje não existem mais pessoas que tem esse recebimento direto.

 

E sendo que nesse caso não adianta estudar diretamente dos livros, a leitura de mãos atualmente é inválida.

 

Conclusão: Pare de ler o horóscopo e acrescente na fé em Hashem (D’us), você só tem a ganhar!

 

Rabino Gloiber
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Ketivá Ve’Hatimá Tová Leshaná Tová Umetuká

 

 

Os juízes e guardas do nosso corpo

Nossa Parashá diz que devemos colocar juízes e guardas em todos os nossos portões.

 

O Rav Haim Vital que foi o principal aluno do Ari HaKadosh nos conta que a palavra portões aparece aqui no plural para nos indicar uma coisa mais profunda:

 

Os portões do nosso corpo!

 

1- o portão da visão, que são nossos olhos:

 

Não olhar para coisas que a Torá, nosso referencial do que é luz e o que é escuridão, recomenda não olharmos, principalmente hoje na era do internet !

 

2- o portão da audição que são nossos ouvidos:

 

Não dar ouvidos a coisas inadequadas como ouvir leshon hará, ouvir alguém falando mal das pessoas (principalmente hoje, na era da informação).

 

3- o portão da fala que é a nossa boca:não falar coisas feias e nem “leva e traz”, falar “leshon hará” (principalmente hoje na nossa era do Facebook)

 

4- o portão do olfato que é o nosso nariz:

 

Não cheirar o perfume da pessoa proibida à você (bons e velhos tempos quando não havia poluição e nem rinite alérgica)

 

5- o portão do tato, do contato físico, que são nossas mãos e pés:

 

Não tocar a pessoa proibida (fácil), não ir à um lugar inadequado que pode nos despertar desejos proibidos (principalmente na era do entretenimento)

 

Quando protegemos nossos “portões” das coisas ruins recebemos um enorme presente de Hashem, como diz o profeta Yashaiahu :

 

-“Abram os portões e entre o povo sagrado …”Quando fechamos os nossos “portões” para as coisas ruins os portões celestiais se abrem para nós e ganhamos no paraíso futuro 310 mundos paradisíacos no qual cada mundo tem um portão que se abre para nós.

 

Continua o rav Haim Vital que daqui para o paraíso celestial existem muitos tipos de “anjos” que tentam nos impedir de chegar lá, também os sete céus tem muitos e muitos portões com muitos guardas celestiais em cada portão e portão

 

Depois dos 120 quando a nossa Neshamá deixa esse mundo

 

(e infelizmente hoje em dia os 120 estão ficando modo de falar sendo que a média de vida em qualquer país do mundo é entre 70 e 80)

 

Chegamos no mundo de cima e esses anjos nos verificam.

 

Se tivermos mérito, eles abrem os portões e nos deixam entrar.

 

Se não tivermos, eles nos empurram para fora e trancam os portões na nossa frente não nos deixando entrar.

 

Por isso devemos ter a sabedoria de demarcar nossos limites e proteger nossos “portões”.

 

Quando nos conscientizamos disso durante a nossa vida nesse mundo teremos o mérito de todos os portões celestiais serem abertos para nós no mundo vindouro

Ketivá Ve’Hatimá Tová Leshaná Tová Umetuká

Rabino Gloiber
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Hashem (D’us) é a essência do bem. Porque a Torá usa uma linguagem tão dura?

Shoftim

 

Frequentemente nos perguntam:

 

Sendo D’us a essência do bem e a natureza de quem é bom é fazer o bem, e toda a intenção Divina é sempre a de nos ajudar de todas as formas possíveis e imagináveis

 

mesmo que às vezes para o nosso bem essa ajuda se compara à uma mãe boa e generosa, mas obrigada a trocar a fralda da criança contra a vontade da própria criança que preferiria continuar com a fralda “cheia” sem estar consciente do que isso poderia causar para ela…

 

E sendo Moshe Rabeinu o mais humilde de todos os homens que já existiram sobre a face da terra, o líder que não pensa no próprio bem mas só no bem do povo

 

Como pode ser a linguagem da Torá as vezes tão ameaçadora dando uma impressão de D’us e de Moshe totalmente contrária do que vimos anteriormente, dando margem à erros de avaliação de achar que D’us é cruel, o que é o contrário da essência Divina?

 

E a resposta para isso está na nossa Parashá, que diz:

 

“…e todo o povo vai escutar e ver, e não vão fazer o mal novamente”

 

Ou seja, a Torá faz uma enorme propaganda da gravidade de certos assuntos para que o povo fique longe das coisas erradas.

 

Contudo, essa linguagem preventiva não deve nos dar a impressão de D’us como alguém autoritário e rancoroso ou de Moshe como um líder severo

 

mas a cada instante devemos nos lembrar de que D’us é a essência do bem e a natureza de quem é bom é fazer o bem, e toda a intenção Divina é sempre a de nos ajudar de todas as formas possíveis e imagináveis

 

e Moshe sempre foi e sempre será o mais humilde de todos os homens, o líder bondoso, sempre pensando no bem de todos nós

 

É importante sempre nos lembrarmos disso e também repassarmos para as crianças o conceito certo desde o começo para não causar um trauma para às nossas crianças de terem uma idéia errada do que é D’us e de quem é Moshe

 

Rabino Gloiber

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Sexta feira é dia de faxina 

 

Em primeiro lugar limpar a cabeça dos pensamentos negativos.

 

Vamos limpar o nosso cérebro e o nosso coração de todos os pensamentos errados.

 

Vamos tirar da nossa cabeça as preocupações, os receios, a inquietação, o medo, a apreensão, o desassossego, o temor, o afligimento, a ansiedade, o sofrimento, a angústia, a agonia, a aflição, a inquietude, a tormenta, o receio, a Ideia fixa ,a obsessão, a compulsão , o preconceito, a implicância, a desconfiança, a cisma, o prejulgamento

 

Se não houver nada ocupando o lugar que esses pensamentos negativos deixaram, eles podem voltar.

 

Então coloque no lugar deles a lembrança de que D’us ama a cada um de nós mais do que nós amamos nossas próprias crianças, e não só que nunca se esquece de nós, mas a cada instante está preparando para nós novos milagres, novas surpresas!

 

Preencha esse espaço vazio com fé , esperança , confiança , tranquilidade, positividade , afeição , bondade, fraternidade, simpatia, ternura, estima, afinidade, bem-querer, apego, amizade, afeto, carinho , afabilidade.

 

E você já estará pronto para entrar no clima do Shabat !

 

 

Faxina interna, a desmaterialização dos conceitos 

 

Às vezes acontece de conseguirmos nos desfazer das nossas estátua de fora, mas continuamos com as nossas estátuas de dentro.

 

Ou seja, saímos do Egito mas levamos o Egito junto.

 

Por isso é importante nos conscientizarmos de que Hashem (D’us) é a essência do bem, e está definitivamente acima dos conceitos materiais sendo que a matéria é limite e o conceito limite não se aplica à Ele.

 

O Criador não é corpo. Conceitos físicos não se aplicam a Ele. Não há nada que se assemelhe a Ele.

 

Quando falamos sobre diferenças entre matéria e Revelação Divina temos que entender que os conceitos espirituais estão tão acima do material que qualquer exemplo material dado sobre um assunto espiritual só serve para “acalmar o ouvido” como dizem nossos sábios.

 

Quando morava em Haifa , Israel , vivia lá um grande rabino que no passado foi fazendeiro, trabalhava com um trator em um Kibutz e por fim foi estudar Torá e se tornou um grande rabino.

 

Voltando para o Kibutz onde criavam vacas e ovelhas tentou explicar para os amigos assuntos cabalísticos extremamente profundos sempre sendo rudemente contestado com muitos palpites cuja fonte era uma ignorância profunda em relação a qualquer assunto espiritual.

 

A linguagem era direta e grossa, até que ele próprio acabou sendo novamente envolvido pelo ambiente do qual fazia parte no passado e disse com uma voz determinada:- Vamos conversar sobre o que realmente entendemos, sobre vacas e ovelhas.

 

Os ânimos se exaltaram, isso era realmente um assunto interessante !

 

O rabino pergunta , minha gente, porque a vaca faz omeletes e a ovelha azeitonas (referindo-se a forma que as fezes de cada animal é expelida).

 

Todos se calaram,ninguém sabia. Respondeu ele com uma voz entusiástica :

 

– Minha gente, nem de mer…… (Se referindo às fezes dos animais) a gente entende, como podemos dar palpite sobre o que é uma revelação Divina.?

 

Ou seja , falar com um ser humano sobre o que é um “mundo da Yetzirá” (Baixo Paraíso) ou um “Mundo da Briá” (Alto Paraíso) e que revelações Divinas temos nessas grandes alturas espirituais é como por exemplo descrever para um cego que nasceu cego e só vê escuridão , contar para ele sobre tudo o que você viu nas suas ultimas férias ,paisagens maravilhosas que ele não tem como imaginar.

 

Você vai contando para ele e no pensamento dele “preto mais preto é igual a preto” “escuro mais escuro é igual a escuro” e por fim ele te diz que já conseguiu imaginar tudo o que você contou.Você responde :

 

– Querido, você não tem culpa, mas se você conseguiu imaginar saiba que não é isso!

 

Simplesmente você pode ouvir mas não pode imaginar, tudo que você vai imaginar vai ser “preto mais preto é igual a preto”.

 

Assim funciona o nosso pensamento , ” matéria mais matéria é igual a matéria ” e novamente “matéria mais matéria é igual a matéria” e você acha que já sabe tudo!

 

Ou seja , espiritualmente falando “preto mais preto é igual a preto” se conseguimos com nosso pensamento imaginar o espiritual uma coisa já podemos ter certeza :- Que não era isso!!!

 

Ou seja, o espiritual é tão bom, tão melhor , que não temos os sentidos para imaginá-lo .

 

Então simplesmente temos que saber que O Criador não é corpo. Conceitos físicos não se aplicam a Ele. Não há nada que se assemelhe a Ele.

 

Nosso principal problema é que desde pequenos damos forma ao que ouvimos (e sendo que são formas materiais, consequentemente estão erradas)

 

O nosso trabalho principal é eliminar essas materializações dos assuntos espirituais e cada vez, novamente nos conscientizarmos de que O Criador não é corpo. Conceitos físicos não se aplicam a Ele. Não há nada que se assemelhe a Ele !

 

Shabat Shalom
Rabino Gloiber
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Elul

Elul

Segundo o Sêfer Yetzirah, cada mês do ano judaico tem uma letra do alfabeto hebraico, um signo do Zodíaco, uma das doze tribos de Israel, um sentido e um membro controlador do corpo que correspondem a ele.

Elul é o sexto mês do calendário judaico

Em Elul nos preparamos para a chegada dos Grandes Dias festivos, tocando o shofar todas as manhãs, tendo nossas mezuzot e nossos tefilin examinados para ter certeza de que ainda estão adequados, tendo mais cuidado com a Kashrut e falando seli’hot especiais à medida que se aproxima o final do mês.

Por que fazemos tudo isso no mês de Elul? Não podemos esperar até mais próximo de Rosh Hashaná e Yom Kipur?

De qualquer forma, a maioria de nós “trabalha” melhor sob pressão!

Estas questões podem ser explicadas por uma linda parábola:

Uma vez por ano, um rei muito poderoso deixa seu palácio, seus guardas, seu luxo e vai até o campo para encontrar seus súditos.

No campo, as pessoas podem perguntar o que quiserem ao rei. Não precisam esperar em longas filas, passar por revistas de segurança, ser anunciados com cerimônia. Podem falar com ele sem hesitação.

Mas quando o Rei volta  para o seu palácio, os súditos terão novamente que passar por todos os tipos de protocolo para encontrá-lo. Portanto, obviamente, seus súditos aproveitam essa oportunidade ao máximo.

Elul é chamado “mês do arrependimento”, “da bondade” e “das desculpas”. Elul segue os dois meses anteriores de Tamuz e Av, os meses das duas grandes transgressões de Israel, o bezerro de ouro e o caso dos espiões.

As quatro letras do nome Elul são um acrônimo para as letras iniciais da frase em Shir Hashirim (6:3): “Sou do meu amado e meu amado é meu.”

“Sou do meu amado” em desejo determinado de retornar à raiz de minha Alma em Hashem (D’us). “E meu amado é meu” com expressão Divina de bondade e desculpas.

Este é o mês que “o Rei está no campo”. Todos podem aproximar-se d’Ele, e Seu semblante reluz para todos.

Elul é o mês de preparação para os grandes Dias Festivos de Tishrei. Foi neste mês que Moshê subiu ao Monte Sinai pela terceira vez por um período de quarenta dias, de Rosh Hodesh Elul a Yom Kipur, quando ele desceu com as segundas “Lu’hot”. Nestes dias Hashem (D’us) revelou sua grande bondade ao nosso povo.

Na guematria, Elul equivale a 13, aludindo aos 13 princípios da bondade Divina que são revelados no mês de Elul.

Letra: Yud

O yud é a primeira letra do tetragrama, o Nome essencial de Hashem (D’us), esse nome é conhecido como Shem Havayah, o Nome de Hashem vinculado a bondade.

É também a letra final do Nome Adnut, o Nome que encerra o Nome Havayah para revelar e expressá-lo ao mundo. Assim, o yud é o início da essência da Divina bondade, Havayah, e o yud é o fim da manifestação da Divina bondade, Adnut.

Toda forma criada começa com um “ponto” essencial, de energia e força de vida, o ponto da letra yud. O fim do processo criativo é também um “ponto” de consumação e satisfação, um yud. “No princípio D’us criou…” é o ponto inicial; “e D’us concluiu no sétimo dia…” é o ponto final.

A palavra yud significa “mão”. Nossos Sábios interpretam o versículo: “Até Minha mão fundou a terra, e Minha mão direita desenvolveu os céus” – que D’us estendeu Sua mão direita para criar os céus e estendeu Sua mão esquerda para criar a terra.” A mão direita é o ponto de início; a mão esquerda é o ponto do final.

No versículo acima citado, a mão esquerda (à qual se refere como “Minha mão” sem qualquer designação definida de esquerda ou direita) aparece antes da mão direita. Isso combina com a opinião de Hillel de que “a terra precedeu [os céus].” A terra representa a consumação da Criação – “o fim da ação vem primeiro no pensamento”.

O yud de Elul é, especificamente, a mão esquerda, o controlador do sentido do mês, o sentido da ação e retificação. Este é o ponto final da Criação atingindo seu supremo objetivo e fim, o yud de Adnut refletindo-se perfeitamente na realidade criada, o yud de Havayah.

Continua…

O lado espiritual da comida 

 


O lado espiritual da comida 

 

O Zohar que nos traz detalhadamente o motivo que se encontra por trás de todos os assuntos de Kashrut.

 

Quando uma pessoa falece, a Alma deixa o corpo, e consequentemente paira sobre esse corpo um espírito impuro, por esse motivo o cemitério é considerado um lugar impuro.

 

O mesmo acontece com o animal. Quando um animal morre, paira sobre ele um espírito impuro em um nível de impureza menor do que o que paira sobre o ser humano que falece, mas que não deixa de ser um espírito impuro.

 

Sendo que essa carne do animal que não foi abatido de maneira kasher, ou que o sangue dele não foi retirado depois do abate kasher, se une à esse espírito impuro, a pessoa que come essa carne se une à essa impureza.

 

Sendo que não temos a capacidade de elevar essa categoria de alimentos, no lugar de recebermos a energia vital dessa carne e elevarmos ela para cima nos elevando junto com ela, no lugar disso ela nos arrasta para baixo, para o lado impuro

 

E por isso, para o nosso próprio bem, a Torá nos proíbe comer essa categoria de alimentos

 

O mesmo acontece quando comemos a carne dos animais que a Torá classifica como impuros.

 

Nesse caso nem o abate kasher consegue mudar a realidade da impureza espiritual do próprio animal, sendo que ele está verdadeiramente amarrado ao lado impuro

 

O mesmo acontece quando comemos peixes que a Torá classifica como impuros e aves que a Torá classifica como impuras.

 

Se todas as criaturas vem da mesma fonte Divina, porque existem criaturas puras e criaturas impuras?

 

O Zohar nos conta que a fonte das almas dos animais puros é chamada de “klipat noga”.

 

Na klipat noga o bem e o mal estão misturados, e por isso temos a capacidade de elevar o lado bom dessas criaturas e consequentemente nos elevarmos espiritualmente junto com elas.

Quando Hashem (D’us) criou o ser humano, Adam e Havá, era proibido para eles comerem carne.

 

A partir da entrega da Torá, foi permitido para nós comermos a carne dos animais que sacrificávamos no Mishkan, no Templo Móvel.

 

Sendo que a permissão de comermos carne de um animal que não foi sacrificado no Mishkan é uma extensão do status original de podermos comer apenas  a carne dos animais que sacrificamos no Mishkan, a Shehitá (abate kasher) é derivada da zevi’há, abate dos korbanot (sacrifícios), que só pode ser feito por um judeu.

 

E mesmo se for inventada uma máquina que faz o abate kasher exatamente como precisa, o animal que o abate dele foi feito por essa máquina não será kasher por esse motivo.

 

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Emuná e Bita'hon

Emuná

Emuná

 

A palavra hebraica para fé, Emuná, pertence à mesma raíz que a palavra hebraica imun, que significa “treinamento”.

 

Ou seja, para desenvolver a fé precisamos fazer exercícios diários treinando nosso cérebro para pensar da maneira correta, alinhando diariamente nossos à Emuná.

 

Porque a natureza do nosso corpo é a de sempre tentar escapar para raciocínios e pontos de vista mais acomodados e que exijam menos concentração.

 

O Baal Shem Tov trouxe a vitalidade da emuná para todas as dimensões de nossas vidas, revelando o potencial que existe em cada um de nós para mantermos um relacionamento dinâmico contínuo com Hashem (D’us).

 

Ele nos ensinou um modo de vida que nos permite expressar nosso poder espiritual infinito.

 

Seus ensinamentos nos colocaram no nível do versículo dito pelo profeta Habakuk: “O Tzadik vai viver na Emuná, porque os ensinamentos do Baal Shem Tov fazem da fé uma força vibrante que abrange todas as dimensões do nosso comportamento.

 

A qualidade única da fé é que ela permite uma conexão com D’us que transcende os limites do intelecto.

 

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Mensagem da Parashá

Reê

 

Será que a nossa Alma está no sangue?

 

Nossa Parashá nos conta que o sangue é a alma.

 

No princípio, quando Hashem (D’us) criou o homem, está escrito que Hashem (D’us) “soprou” nele uma Alma, e não que o sangue é a alma.

 

Então, que alma é essa que está no sangue que não é a Alma que “D’us soprou”?

 

Daqui vemos claramente que essas duas linguagens se referem à duas almas diferentes.

 

Duas categorias de Alma:

 

1- A alma animal

 

Diz o Zohar, clássico da Kabala de quase 2000 anos atrás, que primeira alma a entrar no corpo é chamada de alma animal e está vinculada ao sangue, e por isso está escrito que o sangue é a alma e sobre ela a nossa Parashá está falando.

 

Mesmo essa alma animal estando revestida no corpo inteiro, a principal revelação dela é no lado esquerdo do coração que bomba o sangue oxigenado para todo o corpo e por isso a Parashá usa essa expressão de que o sangue é a alma.

 

Sendo que ela é uma alma espiritual, podemos fazer transfusões de sangue e transplante de coração e ela continua no nosso corpo.

 

A Guemará nos conta que no momento em que uma mãe engravida, é colocada nessa gravidez uma alma.

 

Esse óvulo que vai se desenvolver recebe uma alma animal do nível deste mundo onde o bem e o mal estão misturados, o que o Zohar chama de “Klipat noga”.

 

Ou até uma alma de um nível mais baixo que o Zohar chama de “três klipot tmeot”.

 

Sem ela nosso corpo não teria como crescer e se desenvolver.

 

2- A Alma Divina

 

Um dos princípios da fé judaica é que Hashem (D’us) não se compara à matéria.

 

O Zohar explica que quando Hashem (D’us) criou o homem à sua imagem e semelhança, a intenção é sobre a revelação Divina como ela acontece nas dez sefirot e não imagem e semelhança material.

 

Toda linguagem na Torá indica um assunto espiritual . Quando Hashem (D’us) colocou essa alma no primeiro homem é usada a linguagem “soprou”.

 

Diz o Zohar que essa linguagem é representativa, quem sopra, sopra o que tem dentro de si.

 

Por isso não está escrito que Hashem (D’us) colocou no homem a Alma mas que Hashem (D’us) soprou nele a Alma.

 

A linguagem “soprou” é usada pela Torá para nos indicar o nível daquela Alma, querendo dizer que como o sopro é algo que sai de dentro da pessoa, assim também aquela Alma saiu de dentro da essência Divina e é chamada de “uma parte de D’us”.

 

Ela está vinculada à nós de forma envolvente desde que somos gerados, mas só assume nosso corpo quando fazemos treze anos, ou no caso das meninas doze anos.

 

Essa Alma também é dada à quem faz uma conversão ao judaísmo.

 

Ou seja, ela já estava vinculada à essa pessoa desde que foi gerado e isso foi o que causou para aquela pessoa querer se converter, por isso está escrito “guer shemitgaier”.

 

Ou seja, convertido que se converte e não “goi shemitgaier”.

 

Essa segunda Ama se chama Neshamá. Ela se reveste na alma animal para poder interagir com o corpo sendo que ela é de uma fonte tão elevada que não tem como se revestir diretamente no corpo como a alma animal.

 

A principal revelação dela no nosso corpo é no nosso cérebro, e sendo que por natureza a razão domina o sentimento, o cérebro domina o coração.

 

O objetivo dela nesse mundo é dominar a alma animal que se revela no coração e fazer dela uma plataforma para o trabalho Divino.

 

Essa Alma Divina é você!

 

Você que desceu do céu para vencer uma corrida de obstáculos à qual chamamos de vida, e vai ganhar por próprio mérito um “baixo paraíso” no qual uma hora eqüivale a setenta anos dos maiores prazeres nesse mundo, ou um alto paraíso onde uma hora eqüivale a setenta anos no baixo paraíso, como prêmio por ter feito o trabalho Divino, meta dessa “corrida de obstáculos”.

 

A Neshamá é pura e linda, cada ano que passa ela fica mais refinada e reluzente por meio do cumprimento dos 613 mandamentos Divinos.

 

Poderíamos dizer como por exemplo que cada ano que passa, enquanto o corpo que é a roupa da nossa Alma fica mais cada vez mais velho, a Neshamá, nossa Alma Divina, fica cada vez “mais jovem”.

 

Ficamos cada vez mais jovens e com uma roupa, ou seja, nosso corpo, cada vez mais cada vez mais velha.

 

Chega uma hora que somos obrigados a trocar de roupa para poder continuar o nosso trabalho Divino.

 

Transmigrações da Alma

 

Nossa Neshamá se reencarna quantas vezes for necessário até cumprir todos os 613 mandamentos Divinos.

 

Povo escolhido

 

O povo de Israel é chamado de “O povo escolhido”.

 

Quem participou desse concurso Divino para ser escolhido?

 

Nossa Neshamá não poderia ter participado sendo que ela é diferente das almas dos povos do mundo.

 

Quem se parece com os povos do mundo?

 

Nosso corpo!

 

Ele foi escolhido !

 

O que ele ganhou com essa escolha? Ele ganhou santidade!

 

Quando cumprimos um Mandamento Divino ele recebe santidade! Nosso corpo se torna mais sagrado e refinado.

 

No futuro, quando ressuscitarmos, ele vai reluzir mais do que a Neshamá.

 

Essa Kedushá é a diferença causada por termos sido escolhidos.

 

Conclusão:

 

Agora nossa Neshamá faz nossa alma animal e nosso corpo cumprirem os mandamentos Divinos trazendo para eles Kedushá.

 

Na ressurreição essa kedushá se revela, nosso corpo ressuscita jovem, lindo e reluzente, e nosso mundo material se tornará um paraíso muito maior do que o alto paraíso.

 

Tudo isso no mérito da Torá e das Mitzvót que estamos cumprindo agora!

 

Então, vamos aproveitar essa oportunidade, estudar mais Torá e fazer mais Mitzvot!

 

Vamos pedir para Hashem mandar rápido o Mashia’h para cumprirmos todas as Mitzvót que ainda precisamos cumprir e podermos terminar todo esse nosso trabalho Divino com muita alegria!

 

Rabino Gloiber
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Como devemos nos relacionar aos nossos problemas

Está escrito : ”Talvez você diga no seu coração :

Esses povos são muito mais numerosos do que eu, como poderei conquistá-los?” (דברים ז’ י”ז)

 

Ou seja, talvez você sinta a realidade!

 

Você mediu o tamanho do problema e se conscientizou de que não tem a mínima chance de resolvê-lo.

 

Lá vai a regra geral que Moshe Rabeinu nos dá aqui para todo e qualquer problema (incluindo fechar as contas no fim do mês) :

 

“Não tenha medo deles !

 

Lembre-se do que Hashem fez ao faraó e a todo o Egito, os milagres, as maravilhas etc etc etc.

 

Ou seja, isso é o que devemos pensar e sentir sempre em qualquer situação difícil.

 

Se não saiu como queríamos, com certeza nos espera algo melhor.

 

Mas nós devemos fazer a nossa parte que é fazer os nossos pedidos para Hashem e vivermos confiantes a cada instante, nunca pensarmos que não vai sair como queremos, mas sim nos lembrar dos milagres e das maravilhas que Hashem fez no Egito e nos conscientizar de que assim ele vai nos fazer agora !

 

 

Tefilá:

Aprendemos com Yaakov, nosso terceiro patriarca, que quando surge um problema, em primeiro lugar fazemos nossos pedidos para Hashem (D’us)

 

Yaakov rezou para Hashem ajudá-lo e não precisou usar seu mérito e nem o mérito das bençãos que ele recebeu do seu pai.

 

O mérito de fazermos nossos pedidos para Hashem já justifica recebermos o que estamos pedindo, e isso somente pelo fato de estarmos pedindo para Hashem o que precisamos na hora que precisamos.

 

Com nosso patriarca Yaakov aprendemos algumas regras básicas de como fazer um pedido para Hashem:

Aprendemos com ele que quando rezamos, devemos explicar e especificar o que queremos de maneira clara e detalhada.

Hashem está em todo lugar e sabe o que queremos mesmo sem pedirmos, mas aprendemos com Yaakov que para recebermos alguma coisa sem pedir, necessitamos de um grande mérito lá em cima.

Mérito que até o próprio Yaakov, o maior dos patriarcas, preferiu não usá-lo enquanto não fosse extremamente necessário.

E se até Yaakov que tinha de verdade esse mérito lá em cima, preferiu guardá-lo para que pudéssemos usá-lo nos tempos do Mashia’h, e por isso rezou detalhadamente para não precisar usar aquele mérito, quem somos nós para esperar que Hashem nos faça um milagre sem pedirmos.

E mesmo que muitas vezes Hashem nos faz verdadeiros milagres sem que cheguemos a saber, ou seja, Hashem nos faz grandes milagres ” pelas costas”, mesmo assim o certo é pedirmos detalhadamente quando sabemos o que precisamos, e isso por dois motivos:

1- Se não rezarmos talvez o milagre não aconteça.

2- Se acontecer sem rezarmos, ele poderá ser descontado dos nossos méritos.

 Por isso, diz o Zohar,  Yaakov detalhou sua reza dizendo: – “Me salve por favor, do meu irmão, de Essav, para que ele não venha e ataque as mulheres e as crianças”.


Analisando a reza de Yaakov

1 – “Me salve por favor” (mas de quem? talvez de Lavan?).

 

2 – “do meu irmão” (mas antigamente parentes eram chamados de irmãos!).

 

3- “de Essav” (mas por qual motivo isso é necessário?).

 4- “para que ele não venha e ataque mulheres e crianças”.

 Mesmo que a reza foi curta, uma reza de três versículos, vemos que ela conteve todos esses detalhes e foi eficiente. Nós próprios somos a prova ”viva” de que a Tefilá dele funcionou, senão não estaríamos aqui!

 

O segredo dos Tehilim

 

Se é assim, porque lemos os Tehilim (Salmos) como sendo a melhor reza quando (D’us nos livre) surgem problemas de saúde , financeiros  ou de qualquer outro tipo, se esses Tehilim não estão especificando detalhadamente nenhum dos nossos pedidos, como pode ser que eles servem para tudo?

 Como pode ser que você, lendo uma súplica do rei David pedindo para Hashem o salvar de Shaul, isso vai ser considerado como se você tivesse pedido detalhadamente e da maneira mais correta possível tudo o que você tinha intenção de pedir?

Sobre isso diz o Zohar na nossa Parashá:

 

– “Venha e veja! Nesses Tehilim que falou David, existem segredos e assuntos elevados nos segredos da sabedoria.

 Sendo que todos foram ditos por meio do Rua’h Hakodesh, inspiração Divina,  que pairava sobre David e então ele os cantava. Portanto, todos os Tehilim foram ditos por meio de segredos profundos da sabedoria” .

 Ou seja, quando você lê os Tehilim em hebraico você está expressando o seu sentimento e o pedido do seu coração da maneira mais profunda possível.

 

A intenção do rei David quando ele os escreveu era oculta e as palavras dele representam forças ocultas apelidadas por ele dessa maneira.

 

Mesmo que ler os Tehilim já é o suficiente, mesmo assim é bom antes ou depois do Tehilim fazer o seu pedido explícito e detalhado como o fez Yaakov!

Fora a reza, Yaakov se preparou para uma guerra, e também mandou presentes para Essav, nos mostrando que a Tefilá tem que recair sobre uma ação material.

 Rezamos para que o nosso trabalho dê frutos e fazemos o nosso trabalho com toda a dedicação e empenho.  Pedimos para Hashem nos dar sucesso em tudo o que fizermos e fazemos tudo da melhor forma possível. Somente no caso em que realmente não há o que fazer, a Tefilá por si só já é o suficiente.

 

Rezando por outras pessoas

 

O Baal Shem Tov tinha um mestre que descia do céu para ensinar a ele Torá. Esse mestre era o profeta Ahia Hashiloni que viveu na época do Rei Salomão e foi posteriormente o mestre de Eliahu Hanavi.

 

Disse o Baal Shem Tov que o profeta Ahia revelou para ele que a Sefirá chamada Mal’hut é chamada de din (decreto rígido) e raíz dos dinim é a Sefirá chamada Bina.

 

Por meio da reza elevamos o “din” até a biná e lá adoçamos ele. Ou seja, mudamos o DNA dele na sua fonte e transformamos ele em bondade. Quando rezamos por outra pessoa ligamos ela a essa raiz espiritual, à Biná, e lá ela já é outra pessoa. Então vamos tentar e rezar bastante para que todos os que estão ligados à nós tenhan só alegrias.

 

Pedindo tudo de graça

Mesmo podendo os Tzadikim justificarem o atendimento de seus pedidos, mesmo assim,  pedem à Hashem que atenda aos seus pedidos sem olhar para seus méritos. Pedem para que Hashem atenda aos seus pedidos de graça.

 

A primeira coisa que aprendemos daqui é de não pensar nos nossos méritos na hora de rezarmos e fazermos nossos pedidos. O atendimento à nossos pedidos é um presente que Hashem nos dá por termos pedido.

 

Mesmo assim, quando rezamos, devemos a segurança de que vamos ser atendidos. Nunca podemos imaginar no meio da reza que talvez não sejamos atendidos, porque a falta de fé enfraquece o efeito da reza.

 

Na hora que estamos pedindo qualquer coisa para Hashem temos que acreditar com fé perfeita que o nosso pedido vai ser atendido. Assim, com a nossa fé facilitamos para Hashem (D’us) nos dar tudo o que estamos pedindo para ele

 

Mas se acontecer de você não receber o que está pedindo no momento, saiba que isso é sempre por motivos que são para o nosso bem e em breve veremos isso de forma revelada ou  essa bondade por motivos Divinos vai continuar oculta para nós .

 

Nunca nenhuma  reza é perdida, e quando ela não é atendida ela é redirecionada para algo mais importante que muitas vezes nem sabíamos que precisaríamos tanto disso.

 

E quando recebemos aquela coisa que tanto precisávamos agradecemos à Hashem por ter nos dado aquilo e temos certeza que tínhamos totalmente esquecido de rezar por aquilo.

 

Pedindo para Hashem o que precisamos na hora que precisamos 

 

De acordo com a Torá, a Mitzvá da Tefilá é pedir para Hashem o que você precisa na hora que você precisa, como por exemplo em uma hora de perigo, um dos 613 mandamentos da Torá é rezar pedir para Hashem nos salvar do perigo, e isso é um dos princípios da nossa fé.

 

O motivo desse princípio é que por meio disso a pessoa vai saber e entender que Hashem dirige o mundo e toma conta de cada detalhe de cada uma das criaturas, e somente Hashem sozinho tem a possibilidade de nos salvar.

 

O Rambam nos conta no  quinto princípio da fé judaica que o fato de cada cada um de nós ser obrigado a cumprir o mandamento da Tefilá que consiste em pedir para Hashem o que você precisa na hora que você precisa, é para nos mostrar que a Mitzvá da Tefilá não é específica para pessoas próximas de Hashem como Tzadikim mas sim para cada um de nós.

 

Quando precisamos de alguma coisa é uma Mitzvat Assé, um Mandamento “Faça”, fazer nossos pedidos para Hashem.

 

Algumas vezes nosso pedido será aceito e realizado, e algumas vezes, para nosso próprio benefício material ou espiritual, nosso pedido não é aceito.

 

Isso se compara a alguém que manda o seu pedido para um rei.

 

Qualquer pessoa pode mandar para o rei um pedido, e mesmo sendo ela a pessoa mais distante, pode ser que o rei vai atender à seus pedidos porque condiz à boa natureza e piedosa do rei atender especificamente aos mais humildes e etc…

 

O fato da pessoa estar mais próximo ou mais distante do rei vai fazer diferença somente em relação aos pedidos sobre assuntos públicos e de grande importância para o povo.

 

Mas assuntos de interesse pessoal de cada um não faz diferença se a pessoa está mais próxima ou mais distante do rei.

 

Nossos Sábios e profetas no exílio da Babilônia viram que estamos esquecendo o que devemos pedir e a frequência na qual devemos pedir, e escreveram para nós a reza de 18 bençãos conhecida como Amidá por falarmos ela em pé como alguém que se encontra na frente do Rei.

 

Os Sábios da Mishná conhecidos como Tanaim e os Sábios da Guemará conhecidos como Amoraim acrescentaram mais algumas rezas seguidos pelos Sábios das outras gerações até chegarmos ao Sidur que é o livro de rezas que temos hoje.

 

Conclusão:

 

Vamos rezar forte e pedir para Hashem tudo o que precisamos na hora que precisamos e ter muita fé de que vamos receber tudo o que estamos pedindo ou que muito mais do que isso Hashem vai dar para nós

 

Rabino Gloiber
Sempre correndo
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Mensagem da Parashá

Ekev

Ekev

 

Na nossa Parashá está escrito:

 

וְאָכַלְתָּ וְשָׂבָעְתָּ וּבֵרַכְתָּ אֶת ה׳ אֱלֹקיךָ

 

Vea’halta Vessavata Uvera’hta et Hashem Elokei’ha”

 

Você vai comer até se satisfazer e depois disso você vai abençoar Hashem seu D’us.

 

Nosso primeiro patriarca, Avraham Avinu, costumava hospedar os viajantes em sua tenda, que pela descrição dos nossos Sábios teria o tamanho de pelo menos um quarteirão.

 

Essa enorme tenda tinha uma entrada em cada lado nos seus quatro lados, para facilitar o acesso à ela.

 

Na tenda de Avraham os hóspedes comiam e bebiam do bom e do melhor, e depois de terem comido e bebido, Avraham pedia à eles que agradecessem à Hashem (D’us) que “a Ele pertence a Terra e tudo o que ela contém”.

 

A terra pertence a Hashem (D’us) ou foi dada para nós?

 

A Guemará questiona o fato de dois versiculos do Tehilim aparentemente se contradizerem.

 

Um versículo (Tehilim 24/1) diz :

 

לה’ הָאָ֣רֶץ וּמְלוֹאָ֑הּ תֵּ֝בֵ֗ל וְיֹ֣שְׁבֵי בָֽהּ

 

LaHashem Haaretz Umloá, tevel veyoshvei ba

 

à Hashem pertence a Terra e tudo o que ela contém.

 

E o outro  versículo (Tehilim 115/16) diz:

 

 הַשָּׁמַיִם שָׁמַיִם לַה’ וְהָאָרֶץ נָתַן לִבְנֵי-אָדָם

 

Hashamaim, shamaim laHashem Vehaaretz Natan Livnei Adam:

 

Os céus, os céus são de Hashem (D’us) E a terra é a terra ele deu aos seres humanos.

 

E a própria Guemará responde:

 

O primeiro versículo está falando que a terra é de Hashem porque ainda não fizemos a Bra’há.

 

O segundo versículo que diz que a terra foi dada para nós está se tratando de quando já fizemos a Bra’há sobre o alimento.

 

Portanto, antes de fazer a Bra’há tudo pertence à Hashem,

 

E depois de falarmos a Bra’há aquilo que era de Hashem para a ser nosso.

 

Nossos Sábios nos ensinaram que aquele que tem proveito deste mundo sem falar uma Bra’há é como se estivesse roubando Hashem (D’us)  e o povo de Israel.

 

Daqui vemos a importância de uma Brahá e o poder que ela tem de trazer a  abundância do mundo de cima aqui para o nosso mundo.

 

Portanto se não a falamos a Brahá, impedimos a entrada da fartura que viria ao mundo e beneficiaria a nosso povo.

 

Então vamos caprichar nas Bra’hot, só temos a ganhar !

 

 

Rabino Gloiber

Sempre correndo

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